79% das metas que integram os 17 ODS, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, estabelecidos pela ONU, podem se beneficiar através da IA, permitindo utilização de dados para rastrear pobreza ou medir e prever com elevados níveis de precisão, poluição urbana significando contribuição para 134 das 169 metas específicas que deverão ser cumpridas até 2030. Tal descoberta foi revelada pela União Internacional das Telecomunicações, UIT, em evento com 40 parceiros da ONU em Genebra, alusivo ao tema "Papel da IA na Realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável". A UIT destaca que a emergência da IA progride com impactos em setores variados e, no caso dos ODS, contribuirão no cumprimento dos objetivos relativos às cidades sustentáveis, ODS 11, e alterações climáticas, ODS 13.
Investigação através de consórcio internacional e apresentada neste evento, concluiu que a IA pode, por outro lado, inibir 35% das mesmas metas, 59, não especificando quais, concluindo que metas ambientais atraem maiores contribuições positivas, metas sociais as menos positivas e as econômicas exigem mais investigação de potenciais efeitos da IA. Observa que IA permite aplicações tecnológicas como a utilização de dados de satélite para rastrear a pobreza, ODS 11, e lacunas de gênero nos dados e na força de trabalho da IA necessitando resolução para permitir o ODS 5, igualdade de gênero. As metas do ODS 11, relativo às cidades, são positivamente afetadas pela IA e a aprendizagem de máquina pode ser utilizada para reproduzir, medir e prever, com elevado nível de precisão, a poluição em áreas urbanas específicas. O potencial da IA em revelar ligações entre os ODS para otimizar respostas políticas entre as numerosas aplicações positivas da IA aos ODS, destaca-se a correspondência entre oferta e procura de eletricidade, via modelos climáticos identificando áreas de elevada concentração de poluição plástica. A utilização de eletricidade pelo setor de tecnologia de informação e comunicação é de 1% da utilização total, valor com previsão de aumentar para 20% até 2030.
Moral da Nota: a Comissão Europeia lançou o Plano Ecológico Europeu à Indústria, Green Deal Industrial Plan, buscando aumentar competitividade industrial europeia net-zero e apoiar transição à neutralidade climática. Proporcionará ambiente favorável para escalar capacidade de produção da UE em tecnologias e produtos net-zero necessários para cumprir objetivos climáticos europeus, em linha com programas do Pacto Ecológico Europeu e REPowerEU. O plano está baseado em ambiente regulador previsível e simplificado, acelerando acesso ao financiamento, reforçando competências além de escalar comércio aberto à cadeias de abastecimento resilientes. A Comissão Européia proporá a Lei da Indústria Net-Zero para identificar objetivos de capacidade industrial net-zero e fornecer quadro regulamentar adequado à sua rápida implementação, quadro, complementado pela Lei das Matérias-Primas Críticas, assegurando acesso a terras raras vitais ao fabrico de tecnologias-chave e reforma da concepção do mercado da eletricidade fazendo com que consumidores se beneficiem de custos mais baixos das energias renováveis. Acelerará investimento e financiamento à produção de tecnologias limpas garantindo condições equitativas no mercado único e facilitando utilização dos fundos comunitários para financiar inovação, fabrico e implantação de tecnologias limpas. A transição verde afetará entre 35% e 40% dos empregos, daí, o desenvolvimento de competências à empregos necessários com a criação de Academias Industriais Net-Zero à implementação de programas de atualização e requalificação de competências em indústrias estratégicas. Por fim, o comércio funcionará à transição verde, sob princípios da concorrência leal e aberto, com base em compromissos com parceiros da UE e na Organização Mundial do Comércio desenvolvendo acordos de livre comércio para apoiar a transição verde, além da exploração na criação de um Clube das Matérias-Primas Críticas.