quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Davos

Em 16 de Janeiro de 2023 inicia o  Fórum Econômico Mundial de Davos com o slogan “Cooperação em um Mundo Fragmentado", cujo relatório anual nos últimos 17 anos publicado antes da cúpula, considerando 1200 opiniões de setores público e privado, avalia que a crise do custo de vida e mudanças climáticas são os maiores riscos no curto e longo prazo, respectivamente. O relatório informa  que o mundo deve colaborar de modo mais eficaz na mitigação e adaptação climática na próxima década, para evitar o “colapso ecológico” e o aquecimento global contínuo.

Neste ano, a produção do relatório foi através da empresa de serviços profissionais Marsh McLennan e Zurich Insurance Group que afirma ser a guerra na Ucrânia e a pandemia, impulsionadores da crise energética, escassez de alimentos e inflação, como problemas globais mais urgentes. Carolina Klint, líder de gerenciamento de risco à Europa Continental na Marsh, afirma a  CNBC que “estamos olhando à algo que parece novo, ao mesmo tempo estranhamente familiar”, “portanto, vemos retorno de alguns riscos mais antigos que sentimos ter feito um bom progresso em termos de solução, mas, estão de volta ao mapa de riscos”. Avalia que o impacto da crise do custo de vida nas populações vulneráveis é “muito difícil de aceitar” e que  "governos trabalham para mitigar esse impacto, ao mesmo tempo que tentam se proteger da espiral inflacionária e de dívidas historicamente altas”. Acrescenta que os governos enfrentarão compensações” nos próximos anos, pois, desafios sociais, meio ambiente e riscos de segurança competem por sua atenção. Dentre os riscos mais citados emergem desastres naturais,  confronto geoeconômico,  erosão da coesão social, cibercrime generalizado, migração involuntária em larga escala e crises de recursos naturais associados a mudança do clima. O cibercrime e a migração aparecem como riscos de longo prazo, embora questões relacionadas ao clima ocupem os 4 primeiros lugares, enquanto o custo de vida estava ausente da lista. Conclui dizendo que “interpretaria com um pouco de otimismo que seremos capazes de sair desse estresse, resultado de crise crescente decorrente da pandemia, embora o impacto da guerra Rússia-Ucrânia tenha efeito de transbordamento em tantas áreas diferentes.”

Moral da Nota: o diretor-chefe de estratégia e política global da Circle Internet Financial destaca que o desenvolvimento da tecnologia de criptomoedas não parou de crescer, apesar do inverno vivenciado. Em artigo publicado no site do Fórum Econômico Mundial sobre criptomoedas e a relevância que representam à sociedade e diversos setores econômicos. Após revisão afirmando que 2022 foi um ano terrível às criptomoedas, com  perda de $ 2 trilhões em valor de mercado menciona que para cripto-utópicos obstinados e alguns cripto-anarquistas 2022 não foi apenas um “inverno criptográfico” mas uma era do gelo, vendo a tecnologia subjacente  cripto e blockchain como a única que avançõu sem parar. Tomou como exemplo o JP Morgan e sua mudança de atitude face às criptomoedas, argumentando que apesar dos conselhos de administração e as equipas executivas assumirem com relutância seus mandatos de cibersegurança e transformação digital, acabaram por aceitar a realidade da adoção da tecnologia criptográfica como inevitável. 

Complementando: o Goldman Sachs lança a plataforma Digital Asset e Cantonde, blockchain habilitado à privacidade, de tokenização chamada GS DAP e desenvolvida com base na linguagem de contrato inteligente Daml, com o Banco Europeu de Investimento como primeiro alavancar a nova plataforma emitindo título totalmente digital em blockchain privada.