Ferramenta de IA auxilia governos decidir se salvam ou não banco falido, prevendo se a decisão economizará dinheiro no longo prazo. Desenvolvido pela University College London, UCL, e Queen Mary University of London, o algoritmo avalia se um salvamento é a melhor estratégia ao contribuinte, sugerindo quanto deve ser investido no banco e qual banco ou bancos devem ser salvos em algum momento. O estudo publicado na Nature Communications, testa o algoritmo usando dados da European Banking Authority em rede de 35 instituições financeiras europeias consideradas mais importantes ao sistema financeiro global, usado e calibrado por bancos nacionais com dados proprietários detalhados não disponíveis ao público. O Matemático da UCL e autor do artigo, explica que "resgates de bancos por governos são decisões complexas com implicações financeiras, sociais e políticas. Crê, que abordagem IA pode ser ferramenta importante, auxiliando funcionários avaliar especificamente implicações financeiras, significando verificar se o resgate interessa ao contribuinte ou se é mais lucrativo deixar o banco falir. As técnicas estão gratuitamente disponíveis às autoridades bancárias usarem como ferramentas em suas decisões." O co-autor, da Queen Mary University of London, acrescentou que "governos e autoridades bancárias usam abordagem para olhar para trás em crises passadas e aprender ações futuras, por exemplo, revisar o resgate pelo governo inglês do Royal Bank of Scotland, RBS, na crise financeira de 2007-2009 e refletir como melhorar, na ótica financeira em futuro, beneficiando principalmente contribuintes."
O investimento governamental em um banco aumenta seu capital e reduz o risco de inadimplência, custo que pode ser justificado no curto prazo ao contribuinte se, levar a menores perdas no longo prazo, ou seja, evitar inadimplências bancárias mais prejudiciais às finanças do governo. No estudo, pesquisadores criaram estrutura matemática para comparar diferentes estratégias de resgate em termos de perdas antecipadas dos contribuintes, incluindo duração esperada da crise financeira, probabilidade de inadimplência de cada banco e efeito de uma inadimplência em outros bancos da rede, bem como participações dos contribuintes nos bancos.Usando Processo de Decisão de Markov, de controle matemático, cientistas incorporaram a essa estrutura o efeito de uma intervenção do governo em determinado momento e desenvolveram algoritmo de IA sob medida para avaliar estratégias de resgate, comparando nenhuma intervenção com diferentes tipos de intervenção, ou seja, níveis variados de investimento no banco ou em vários bancos em momentos diversos na crise. A técnica de IA, importa, pois a modelagem do sistema é complexa e o comportamento futuro dos bancos no sistema pode ser infinito. Estudo de caso usando dados da Autoridade Bancária Europeia, mostra que o resgate do governo seria ótimo se a participação dos contribuintes nos bancos fosse maior que um valor limite crítico, determinado pelo modelo, sendo que a política ótima mudou quando a porcentagem de perda excedeu esse limite. Descobriram que, recebido o resgate, a melhor estratégia ao contribuinte seria o governo investir naquele banco e evitar inadimplência, levando a falta de incentivo ao banco resgatado se proteger contra o risco, o que aumentaria a assunção de riscos. O principal autor da pesquisa conclui que "bancos resistiram à atual tempestade econômica da pandemia, resiliência, reforçada por medidas regulatórias no pós crise financeira global de 2007-2009 para acomodar medidas dos bancos centrais nas políticas monetárias que evitaram falência setorial. No entanto, não se pode prever o efeito no sistema financeiro à medida que bancos centrais revertem políticas anteriores, como aumento das taxas de juros por preocupações com inflação, portanto, resgates ainda são possibilidade."
Moral da Nota: o PNUD, Programa da ONU ao Desenvolvimento e o WWF lançaram na COP 27 a AJET, Alliance for Just Energy Transformation, iniciativa para trocar experiências e conhecimentos e formar alianças visando a transformação dos objetivos do Acordo Climático de Paris, entendendo necessidades para empreender transformação local e global. A população mundial atingiu 8 bilhões de pessoas, com a ONU alertando que mais dificuldades estão reservadas à regiões que já enfrentam escassez de recursos decorrente mudanças climáticas. Daí, 738 milhões de pessoas vivem sem alimentos adequados na África Subsaariana, 1 bilhão de pessoas foram adicionadas ao planeta nos últimos 11 anos, países de renda média, principalmente na Ásia, respondem pela maior parte desse crescimento, ganhando 700 milhões de pessoas desde 2011, com a Índia adicionando 180 milhões de pessoas e ultrapassando a China como nação mais populosa do mundo em 2023, com o detalhe que a população global adicionará outros 2,4 bilhões de pessoas até a década de 2080, projeções da ONU. A maioria dos 2,4 bilhões de pessoas a serem adicionadas antes dos picos populacionais globais, nascerá na África subsaariana, marcando afastamento da China e Índia. Nascimentos diminuem constantemente nos EUA, Europa e Japão com a China lutando com o legado de seu programa One Child Policy e, em 2021, pediu às famílias que tivessem um segundo ou terceiro filho, pois também limitava o acesso a abortos. No mundo, "a zona costeira é desproporcionalmente urbana" com "uma em cada 10 pessoas vivendo no litoral de baixa altitude" e, Lagos, por exemplo, está projetada para se tornar a maior cidade do mundo até o final do século. O crescimento populacional combinado com mudança climática causará na próxima década, migração em massa e conflitos, segundo especialistas, além, de mais pressão sobre a natureza já que pessoas competem com a vida selvagem por água, comida e espaço. As emissões de carbono do 1% mais rico, ou, 63 milhões de pessoas, foram mais que o dobro das emissões da metade mais pobre da humanidade entre 1990 e 2015, análise de 2020 do Stockholm Environment Institute e Oxfam International.