A Ethereum possui criptomoeda chamada Ether podendo ser utilizada na plataforma para realizar pagamentos e transações, daí dizer que, o ETH é o combustível da rede Ethereum inteiramente descentralizado e altamente capitalizado com mais de 112 milhões de unidades em circulação. Como o Bitcoin, funciona como criptomoeda financeira negociada no mercado agregando capital às carteiras de investimento e gerando lucro aos investidores, atualmente, em segundo lugar entre criptomoedas mais capitalizadas do mundo sendo que o processo de criação do ativo se dá através da mineração e, diferente do Bitcoin, não há limites quanto sua emissão.O Ethash é o algoritmo utilizado pelo ETH, com tempo médio de transação de blocos em 12 segundos, diverso do Bitcoin, que pode levar mais de 10 minutos por bloco.
O Ether é moeda de alta volatilidade, ou seja, seu preço varia bastante dando margem à operações de investimento representando evolução da tecnologia do sistema blockchain. A plataforma utiliza a cadeia clássica que surgiu com o Bitcoin para elevar a outro nível o cenário das moedas digitais, através da descentralização das aplicações e liberdade aos desenvolvedores sendo que a alta capitalização do Ether agrega ao Ethereum que oferece mais opções aos usuários, desde moedas na plataforma até espaços seguros à aplicativos úteis e geridos pelas pessoas. Já os contratos inteligentes, permitem uma variedade de usos concretos, desde criar novas criptomoedas, stablecoins inclusive, até desenvolver videogames ou sistemas de governança descentralizada e, graças a esta funcionalidade a Ethereum tornou-se rede de infraestrutura à todo ecossistema cripto, cuja única restrição é a capacidade dos programadores/desenvolvedores de traduzir processos concretos à linguagem da Ethereum.
Moral da Nota: um dos primeiros usos difundidos dos contratos inteligentes é a criação de modo simples de novas criptomoedas, graças ao protocolo ERC-20, que simplifica e padroniza a criação de tokens na blockchain Ethereum. Antes, criar uma nova criptomoeda exigia escrever toda uma nova blockchain, ou construir um fork, bifurcação ou ramificação de uma rede existente ou contar com integração da criptomoeda na blockchain do Bitcoin; uma tarefa difícil. A criação de novas criptomoedas na blockchain Ethereum passou necessitar somente escrever um contrato inteligente garantindo seu funcionamento e interoperabilidade com o padrão ERC-20, originando nova “febre do ouro” na modalidade de ICOs, Initial Coin Offering, método que combinava lançamento de uma nova criptomoeda com sistema de pré-venda do tipo “crowdfunding”. Já stablecoins são um tipo de criptomoeda cujo preço se mantém associado ao de outro ativo dando estabilidade, sendo as mais conhecidas na paridade de um-a-um com o dólar americano como DAI e USDC, conhecidas como criptodólares, além do PAX Gold cuja estabilidade se atrela ao valor da onça de ouro. Outra função em grande avanço é no quesito governança em que contratos inteligentes permitem criar organizações de governança com o The DAO, tentando colocar o controle do contrato inteligente nas mãos dos usuários e, desta forma, quem possuísse certa quantidade de tokens decidiria qual direção o projeto tomaria; por conta de vulnerabilidade o projeto foi destruído obrigando a rede Ethereum se ramificar deixando o projeto DAO em ruínas. No entanto, a ideia original vive em outras criptomoedas como o caso da stablecoin DAI, criada pela organização MakerDAO, em que os que possuem o token da Maker, MKR, podem decidir sobre o projeto através de um sistema de votação descentralizado. Por fim, os videogames fazem emergir objetos colecionáveis e intercambiáveis e no lugar do ERC-20 com muitos jogos utilizando outro protocolo, o ERC-721, que permite a criação de tokens não fungíveis. A diferença entre tokens fungíveis e não fungíveis é que os últimos representam objetos com características únicas, escritura ou a patente de um carro, enquanto os primeiros representam objetos com características idênticas como as notas de 1 dólar.