Considerando que mais da metade da população mundial é urbana produzindo 70% das emissões de gases de efeito estufa, remete a ideia que mesmo um problema global, as causas e o impacto diário são abordados a nível local. No entanto, 46 cidades globais estabeleceram metas de redução de 80% das emissões até 2050. Anualmente é publicada lista incluindo empresas que traçaram planos de adaptação climática, publicando inventários de emissões e progressos feitos. O mesmo é feito em relação as cidades globais em que 12% das 850 analisadas mostraram rigorosos padrões ambientais. Palo Alto, na Califórnia é a mais próxima de atingir suas metas, segundo os dados, percorreu mais de 56% do caminho em atingir a meta de reduzir emissões em 80% antes de 2030, comparado à base de 1990, sendo que Estocolmo e Toronto estão em ritmo semelhante um pouco mais distante. Na Inglaterra, Manchester está adiantada na ambição de eliminar as emissões até 2038 envolvendo remoção de gases efeito estufa equivalentes a 20,6 milhões de toneladas de CO2. Das 46 cidades com metas de reduzir 80% das emissões até 2050 ou antes, 19 delas se comprometeram alcançar a neutralidade em carbono. Londres, Paris e Nova York avançam em ritmo mais lento embora suas emissões totais sejam muito maiores. Iskandar, na Malásia, e Rio de Janeiro mostram que se intensifica o senso de urgência, especialmente nos países em desenvolvimento sentindo diretamente os efeitos de eventos climáticos extremos.
Neste conceito de complementação visando instrumentalizar ações climáticas, a Sigfox, provedora de serviços IoT, em parceria com a Plastimo, empresa no setor de navegação, trabalha para tornar os oceanos seguros para profissionais, velejadores casuais e viajantes. A Plastimo desenvolve soluções de segurança à indústria náutica há mais de 50 anos, agora, entrando no setor de IoT em parceria com a Sigfox para criar coletes salva-vidas conectados e equipados com localizadores especiais se conectando aos satélites da Sigfox. Se um barco ou navio afundar, coletes salva-vidas conectados enviarão sinais das vítimas que serão encontradas mais rapidamente. O objetivo da parceria é fornecer serviços de geolocalização nos oceanos, considerados zonas mortas, operando constelação de nano satélites ELO partícipes na melhoria da segurança marítima. A Sigfox, operadora de rede 0G, com IoT, possibilita serviços de geolocalização, em parceria com a Eutelsat que ingressa na rede de banda estreita da Sigfox e se estende a 65 países. A Loft Orbital e a Clyde Space desenvolvem os quatro primeiros nanossatélites, com lançamento previsto entre 2020 e início de 2021, totalmente disponíveis para uso comercial como os coletes salva-vidas da Plastimo.
Moral da Nota: Oslo e Seattle com metas climáticas mais ambiciosas fizeram pouco para alcançá-las. A capital norueguesa com metas de reduzir emissões de 95% em relação a 1990 até 2030, com 10 anos para o fim do prazo avançou 10%. Seattle percorreu 6% do caminho na meta estabelecida em 2011 de zerar a poluição até 2050. Nenhuma cidade da Índia e China está na lista, embora o esforço de Hong Kong seja reconhecido.