Há ideia corrente que tomadores de decisão geralmente ignoram fatos históricos, sendo o caso mais emblemático a operação Barbarossa por Hitler seguindo a rota dos franceses, cujo resultado todos conhecem. Há uma ideia histórica corrente que civilizações sucumbem por conta de intempérides climáticas, inclusive visto na Bíblia; longe considerar tais fatos previsão apocalíptica. O clima, reza a história, foi o norte das civilizações sendo as mais conhecidas narradas pela existência de rios, quer dizer, água. Na idade Média por exemplo, houveram flutuações mais elevadas de temperaturas entre os séculos X e XIV alternadas com período de resfriamento até o século XIX.
Pesquisa publicada na Nature Geoscience do projeto Past Global Changes, indica a queda de temperatura há 1.500 anos ao lado de três potentes erupções vulcânicas em 536dc, 540dc e 547 dc, fatores influentes no declínio do Império Romano. Civilizações maduras como os Maias na Península de Yucatán, entre 2600 aC e 1200 dC, viram seu auge entre 600 e 800 d.C. Entre 800dc e 950dc houveram cidades abandonadas, acredita-se devido a seca, por conta de precipitação anual 40 a 50% abaixo da média, se comparadas a períodos anteriores na mesma região. Segundo historiadores e cientistas os Maias desmataram a vontade com vistas estabelecer cultura ascendente, causando em consequência, aumento da temperatura regional em até 6ºC conforme estimativas da NASA. Outra civilização relevante é a do Império Kmer no Cambodja que conhecemos bem pelo genocício perpetrado pelo moderno Kmer vermelho. O Kmer antigo ia além do Cambodja, envolvia a Tailândia, Vietnã, Birmânia e Malásia. Angkor era a capital estabelecida no século IX cheia de canais e depósitos, infraestrutura necessária ao desenvolvimento agrícola baseado no arroz. Acredita-se que o fim do império foi uma seca com mudança do padrão pluviométrico e má gestão da água.
Moral da Nota: não que a história deva nortear decisões, menos ainda, examinar fatos históricos como causa de eventos atuais. Serve para alargar, dar profundidade e compreensão ao ciclo vivido e dessa forma, olhar com amplitude a atualidade. A civilização atual deslanchou fundamentada na energia fóssil que comprovadamente aquece a terra, agravada por ações humanas que desconsideram o Consenso do Clima. A atual tendência do pensamento climático é científica tem estrada corrida e sua negativa, atrasa soluções no curto, médio e longo prazo. Desqualificar conceitos científicos estabelecidos ao longo de gerações sem nada colocar no lugar é desserviço, cabendo espaço à pergunta que não cala; se é assim, para que serve então a ciência?
Em tempo: quando do crepúsculo soviético, a Anistia Internacional promoveu à época ampla discussão sobre liberdade de imprensa e seu mentor, Sean Mcbride, utilizou a palavra "Consenso" como norte da questão, textualmente: "Consenso não é compromisso, muito menos comprometimento"; o mesmo vale para o clima.
Em tempo: quando do crepúsculo soviético, a Anistia Internacional promoveu à época ampla discussão sobre liberdade de imprensa e seu mentor, Sean Mcbride, utilizou a palavra "Consenso" como norte da questão, textualmente: "Consenso não é compromisso, muito menos comprometimento"; o mesmo vale para o clima.