O conceito de 'supply chain' ou 'cadeia de suprimentos' remete a processos necessários para obtenção de produto envolvendo produtores ou fornecedores e cliente final, associando intermediários como armazéns, linha de produção, atacadistas e varejistas. Cadeias de blocos mantém registro de transações ou dados intactos, melhorando processos na cadeia de suprimentos de vários produtos. A mercadoria a partir da origem terá gravada todo o percurso e visualizada pelo consumidor final via código QR, importando na garantia da qualidade e segurança do produto.
São plenamente rastreados o vinho evitando falsificação, bastando observar no código QR a trajetória desde o vinhedo ao mercado. Incluem aí o italiano Placido Volpone colaboração entre a Ernst & Young e EzLab e Michele Chiarlo, Ricci Curbastro, Ruffino e Torrevento usando as empresas GNV DL e VeChain. Já o café, um dos pioneiros no rastreamento de grãos foi a Bext360 utilizando a cadeia Stellar para efetuar pagamentos aos produtores, utilizada ainda para melhoria de qualidade pela produtora Kahawa 1893 do Quênia. Por conta da qualidade e segurança alimentar, a blockchain na cadeia de suprimentos atraiu há três anos a Walmart em colaboração com IBM, JD.com, VeChain e PwC, se esforçando em produtos alimentícios vendidos na China, enquanto a Nestlé monitora a produção leiteira na Nova Zelândia. Em relação a moda, a BabyGhost fundada em 2010 em Nova York, garante autenticidade das peças de sua décima segunda coleção através da tecnologia fornecida pela VeChain, além do Greats, nascido no Brooklyn, evitando a falsificação de sapatos com Chronicled e Origin. O setor de diamantes envolve a mineradora Alrosa, a Bolsa de Investimentos de Diamantes de Cingapura (SDiX), a canadense de diamantes Lucara Diamond e a De Beers Group de Londres, utilizando empresas de tecnologia como a Everledger que oferecem cadeias de blocos projetadas especificamente para essas finalidades.
Moral da Nota: a indústria da moda é considerada a segunda mais poluidora do mundo, superada pelo petróleo, daí, clientes finais buscarem qualidade e origens éticas no rótulo ou chip conectado a plataforma blockchain. Relatório da OIC indica que 164,64 milhões de sacas de café foram consumidas no mundo entre 2018 e 2019. Por conta disso, a IBM com a Brooklyn Roasting Company oferece melhoria de qualidade do café aos clientes no mercado de Smorgasburg, seguida de perto pela Starbucks com o blockchain da Microsoft. A Organização Mundial da Saúde (OMS), avisa que alimentos insalubres por falhas na cadeia de abastecimento, adoecem anualmente cerca de 600 milhões de pessoas levando ao óbito 420 mil. Por fim, negócios com blockchain são criados na rastreabilidade alimentar como o Bext360, que além de café, rastreia frutos do mar e óleo de palma competindo com empresas como ZhongAn Technology, Bureau Veritas e Ripe.