Estimativa que a cobertura de 900 milhões de hectares de terra, tamanho dos EUA continentais, com biodiversidade florestal armazenaria até 205 bilhões de toneladas de carbono ou dois terços do carbono lançado pelo homem, considerando como base alvorecer agrícola em que humanos derrubaram três trilhões de árvores, metade das árvores na Terra. Daí o conceito que reflorestar em grande escala associado ao corte de emissões, parece solução mais adequada à mudança climática. Por conta do Acordo de París, 43 países se comprometeram restaurar 292 milhões de hectares de terras degradadas, relorestando em todo o mundo, área dez vezes maior que o Reino Unido.
Além de absorverem C02, árvores armazenam o carbono como casca e outros tecidos. Estimando-se que a população crescerá à 10 bilhões de pessoas até 2050 com quase 70% vivendo nas cidades, favorecerá a restauração da biodiversidade florestal. Na Europa recuperaram anualmente entre 2000 e 2015, 2,2 milhões de hectares de floresta com a Espanha aumentando de 8% do território em 1900 para 25% hoje. A situação chinesa tornou-se crítica na década de 1990, quando seis programas foram introduzidos atingindo 100 milhões de hectares de terra ao reflorestamento. Reduziram erosão do solo, estabilizaram padrões locais de chuva aliviando pobreza e pagando diretamente aos agricultores que reservaram terras ao reflorestamento. A meta de recuperação de 900 milhões de hectares florestais, não afeta capacidade de terras no cultivo de alimentos podendo aumentar produção agrícola como na China, quando chuvas mais estáveis e solo fértil seguiram ao retorno florestal.
Moral da Nota: a WWF, Wildlife Conservation Society e a BirdLife International, lançam o programa Trillion Trees, iniciativa para 25 anos em ajudar e ampliar compromissos florestais aumentando proteção e restauração florestal, plantando um trilhão de árvores até 2050 revertendo o declínio global na cobertura florestal. A perda planetária de 10 bilhões de árvores/ano, leva a impactos generalizados sobre biodiversidade, no sequestro de carbono, nas economias locais e saúde humana. Baseados no Paris Climate Agreement, na Declaração de Nova York, na Convenção da ONU sobre Biodiversidade (CBD), a WWF, a WCS e a BirdLife já promovem atividades em florestas de alta prioridade especialmente onde derivam produtos de palma, soja, carne bovina e madeira.