quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Extremos

É conhecido que o Ártico segue padrão de sazonalidade em que o gelo se inicia no final do verão no mês de setembro, atingindo o máximo em março e abril e retornando lentamente aos níveis mínimos. A última estimativa foi de extensão máxima de 1,16 milhão de kms² a menos que a média de 1981/2010. Há várias opiniões sobre a explosão do tráfico marítimo na região, por conta da modificação de sazonalidade ou navegabilidade mais amplificada decorrente aos efeitos climáticos, entre eles está o Instituto Ártico estimando tal acontecimento para este século ainda. 
Na outra ponta se observa a Antártida não menos modificada que seu semelhante no outro extremo. Trata-se de um continente 27,7 vezes maior que a Espanha ou 7 vezes que o México, onde se destacam três regiões principais: Península Antártida, mais ocidental, Antártida Ocidental e Oriental. Estudos mostraram que os dois primeiros estavam perdendo gelo de modo acelerado considerado por alguns como irreversível, inserido numa dinâmica que o gelo marinho não parava de crescer enquanto o acumulado no continente permanecia estável. Por fim, na parte leste onde até a pouco havia ganho de gelo, parece coisa do passado. 
Moral da nota: A passagem para Noroeste foi relativizada pelo Canal do Panamá, ao passo que a passagem norte entre os portos europeus mais importantes, Hamburgo e Roterdã, com as cidades da China e Japão distando 11 mil milhas náuticas, sendo que ao norte na fronteira russa a rota se encurta em 6,5 mil milhas. Além disso Canadá, Rússia, Noruega e EUA estão mais presentes na região ártica por conta de ganhos com o comércio, mineração e petróleo. Lógico que toda esta ação humana, impactará sobre os mamíferos marinhos, os narguídeos, as baleias boreais e as belugas além  dos 26 mil ursos sobreviventes.