domingo, 19 de agosto de 2018

Investigação da verdade

Georges Henri Joseph Édouard Lemaitre físico e matemático belga, exceção ao combinar ciência e fé tornando-se sacerdote católico. Foi o primeiro a falar da origem do universo em expansão com um passado infinito. Morreu em 1966, dois anos após a notícia da descoberta da radiação cósmica em fundo de microondas, prova definitiva de sua teoria astronômica fundamental do Big Bang. Falou de um passado infinito do universo, sem contradizer sua crença no Deus único e criador de todas as coisas. Pelos estudos de filosofia, buscou em Aristóteles e Thomás de Aquino a base que o universo criado não precisa de um começo no tempo. Einstein em relação a sua teoria da origem do universo afirmou textualmente: "a mais bela e satisfatória explicação da Criação que já ouvi".
Sobre a criação, expressou a importância em manter a separação entre idéias científicas e crenças religiosas, sendo que a primeira formulação explícita da teoria do Big Bang denominou de "Teoria do átomo primordial." No entanto foi o astrônomo Fred Hoyle, maior crítico da hipótese de Lemaitre, que em entrevista a BBC de forma depreciativa nominou como teoria do Big Bang. Em resposta às objeções a sua teoria, Lamaitre publicou em 1931 na revista Nature o seguinte: "se o mundo começou com um único quantum, as noções de espaço e tempo não teriam no começo nenhum significado; só começariam a ter um sentido sensato quando o quantum original fosse dividido em um número suficiente de quanta. Se esta sugestão estiver correta, o começo do mundo ocorreu pouco antes do começo do espaço e do tempo." 
Moral da Nota: Em 1979  em comemoração do centenário de Einstein na Pontifícia Academia das Ciências do Vaticano,  o Papa João Paulo II falando da relação entre a Igreja e a Ciência, citou Lemaitre. Textualmente as palavras de Lamaitre repetidas pelo Papa: "Teria a Igreja necessidade de ciência? Não; a Cruz e o Evangelho são para ela suficientes. Mas, nada é estranho ao cristão. Como poderia a Igreja ser desinteressada na mais nobre das ocupações estritamente humanas, na investigação da verdade?