Como a IBM moribunda na década de 1990 a GE constata a morte de seu modelo. Ao combinar ampla gama de empresas industriais compartilhando capacidades e remontando 1970, a GE aperfeiçoou em 1980/1990 com reestruturação de portifólios, se expandindo na direção das finanças e hoje passa por período de vendas de ativos. Cresceu na economia de escala e posição dominante no mercado, por vantagem tecnológica compartilhando negócios, optando por acesso preferencial aos fundos, gestão profissional, personificação de investimentos, desenvolvimento gerencial e educação executiva.
A decadência veio com a China e sua estratégia, um mix de empresas estatais, política industrial e força no mercado interno alavancando a produção industrial, copiado do Japão e Coréia do Sul e seguido posteriormente por Brasil e Índia. Tal estratégia corroeu a competitividade da GE, de eletrônicos a trens e motores de aeronaves. A coisa se apimentou pelo Vale do Silício e o surgimento da tecnologia da informação cujo modelo de conglomerado sobrevive com o Alfabet do Google, com prosperidade advindo de opacidade de capital cuja fluidez não se faz dos piores investimentos para os melhores.
Moral da nota: quem sabe diz que a GE morreu por conta da concorrência global, revolução tecnológica, poder dos investidores e difusão da gestão profissional, cujas lições cairiam bem ao nosso mercado sempre ávido por aprendizagem e evolução.