sexta-feira, 13 de abril de 2018

Emigração e desemprego

O FMI no relatório Panorama Econômico Mundial avisa que o decréscimo populacional em países como Bélgica, França, Itália, Portugal e Espanha atinjirá nos próximos 30 anos queda de 5.5% de participação no mercado de trabalho. A preocupação aprofunda-se além do envelhecimento populacional incluindo emigração, desemprego, aumento da esperança de vida e a baixa natalidade.
No caso português por exemplo, mais da metade da população estará inativa em 2050 pela dramática queda na fecundidade fixando em 1,2 filhos por casal, sendo provável em 2031 o país ficar abaixo do limiar de 10 milhões de habitantes. Em 2016 a inatividade portuguesa estava fixada em 41,5% e na faixa dos 45 a 64 anos em 27%. Quer dizer a emigração no país deixou o saldo migratório (relação entre os que chegam e os que saem) negativo desde de 2000, sendo pessoas em idade fértil as que mais saem agravando a tendência de envelhecimento populacional e tornando inssuficiente a reposição de pessoal no mercado de trabalho local.
Moral da nota: constata-se que em tese, caso não sejam demitidas, o aumento do tempo de aposentadoria aumenta o número de empregados nas camadas mais velhas. Outra é que o envelhecimento do mercado de trabalho melhora em experiência, verificando-se menor produditividade além do aumento de faltas por motivos de saúde. Aumenta exponencialmente gastos com a seguridade social no mundo inteiro paradoxalmente esfriando a economia. Outra constatação bastante questionada, foi a aceitação pela Alemanha de refugiados que já fazem positivo o fluxo de trabalho.
Em tempo: questão explosiva, longe de consenso e encaminhamento, justamente pelo fato de se apresentar com intensidade e formato diverso nos continentes.