sábado, 10 de fevereiro de 2018

Transbordando inspiração

Se houve um momento mágico em que sobrou inspiração a Globo marcando o seu auge, aconteceu nos anos 80, talvez chegando aos 90. Nele, em paralelo ao momento vivido pelo país, principalmente pela volta do irmão do Henfil, dando um banho de loja cultural na decadente vida nacional da época.
Nesta ideia, se houve uma cena que encarnasse todo esse auge vivido pela emissora e vida nacional, esta seria o funeral de um lavrador em Morte e Vida Severina com a densidade poética de João Cabral se manifestando a toda prova, ao lado da força da imagem exibindo com maestria a realidade do campo; notar a câmera correndo pelas expressões faciais dos personagens, dando riqueza ao que já sobrava no poema. Se houve outra tão emblemática como esta, difícil.