sábado, 27 de janeiro de 2018

Vida

Na data de hoje, importam algumas coisas. A exposição "Holocausto – Mantendo a Memória Viva" promovida pela ONU e vencida por uma brasileira de origem sírio libanesa e italiana, importa reconhecer.
Importa lembrar as famílias que acolheram Anne Franck na Holanda e os Lusteger (irmão e irmã) em Orleans. Importa lembrar os que não foram indiferentes como Justus Rosemberger, judeu que foi a França resgatar intelectuais judeus, até ser capturado quando lutava na resistência francesa. Importa dona Aracy Guimarães Rosa marcando passaportes com 'Sara' e 'J' apressando sua partida da Alemanha.
Mas deve importar ainda lembrar-se dos indiferentes, omissos, incrédulos, armados ou não, judeus ou não, que priorizaram outras escolhas a defender vítimas desarmadas. Mais do que isso, importa muito, nações muitas delas dizendo-se democráticas, utilizarem práticas nazistas e com justificativas nazistas, alucinadas, para tal qual aconteceu no passado, subjugar, dominar, escravizar. 
Por fim, importa o mais fundamental, o legado dos sobreviventes por suas vidas e seu pedido por Justiça, diverso de vingança, intimidação, revanche ou chantagem.