quarta-feira, 12 de abril de 2017

Recomeço


Recomeço com Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, o Homem da Modernidade líquida, talvez a face do que acontece na sociedade mundial atual. Sua história pessoal é bem emblemática. Judeu polonês, com a invasão nazista em seu país, alistou na resistência polonesa servindo à mando russo. Deu sua humilde ajuda  na batalha de Berlim e foi reconhecido por isso. Voltando à Polônia, trabalhou para a KGB polonesa e em 1967, decorrente a guerra dos seis dias, uma caça às bruxas no leste europeu o fez emigrar para Israel. Após um ano, emigra com passagem rápida pelos EEUU, se estabelecendo definitivamente na Inglaterra.
Assim falava Bauman:
“É na cidade onde se pode encontrar os resultados da exclusão: os mendigos, favelas e seus moradores, todos estes estranhos são seres que provocam desprezo e repulsa dos cidadãos ditos normais.Mixofobia (repulsa ao estranho) é vista materialmente de forma peculiar”.
“O líquido é mais do que frágil. A relação líquida não é uma escolha entre ambas as partes que, coincidentemente, é escolhida pela dificuldade em firmar laços profundos. É uma relação que emerge em um conjunto de instituições, regras, lutas e sistemas simbólicos, políticos e econômicos definidos em estrutura social própria”.
"Para ser feliz há dois valores essenciais absolutamente indispensáveis; um é segurança e o outro a liberdade. Não se consegue ser feliz e ter uma vida digna na ausência de um deles. Segurança sem liberdade é escravidão. Liberdade sem segurança é um caos, necessitamos dos dois. Cada vez que você tem mais segurança, entrega um pouco da sua liberdade. Cada vez que você tem mais liberdade, entrega parte da segurança. Então, você ganha algo e perde algo"