Seria interessante dar um salto na história visando uma compreensão mais clara, especificamente ao século XIV, onde comerciantes e banqueiros italianos iniciam gravar a contabilidade dos negócios por sistema de dupla entrada. Tal fato graças a adoção dos algarismos arábicos dando a comerciantes ferramenta segura em manter os registros, permitindo aos banqueiros um papel de intermediadores no sistema de pagamento. Em 1494 surge Luca Paccioli matemático franciscano que compilou a forma de trabalhar num manual sobre matemática e contabilidade, nos apresentando a contabilidade de dupla entrada que rastreava as contas, dando transparência para a época e obrigação moral que acabou tornando-se cultural. Devido a Paccioli banqueiros e investidores passaram a usar entradas separadas compensatórias e assim gravar valores do balanço dando espaço ao surgimento da dívida combinada ao crédito, um ativo e um passivo. Nos séculos que seguiram livros de registro confiáveis e verdadeiros foram considerados como símbolo de honestidade e confiança, permitindo ao banqueiro a intermediação de pagamentos acelerando a circulação da moeda. Este detalhe caracteriza o financiamento do Renascimento dando espaço ao capitalismo.
Nos dias atuais o domínio tecnológico envolto pelas grandes corporações se atém principalmente a busca algorítmica, inteligência artificial, armazenamento em nuvem, redes sociais, computação móvel e data center. No intuito em contrapor a centralização institucional via tecnologia visando sociedade mais equilibrada, surge a tecnologia em cadeias de blocos ou blockchain. Seu potencial se insere na capacidade de reduzir com força o custo da confiança, vide juros, spreads e penduricalhos por meio de abordagem contábil decisiva e descentralizada. Os gigantes atuais como Google, Facebook e Amazon se estabelecem pela necessidade de confiança e intermediação em escala econômica com efeitos de rede tornando-se monopólios de fato.
Conceitualmente blockchain é livro de contabilidade eletrônica em determinada lista de transações que podem ser troca de dinheiro real, permitindo correntes de blocos associadas a criptomoedas. A cadeia de blocos pode ser aplicada na troca de outros ativos como certificados digitais ou instruções de compra e venda de ações. Podem ainda ser usadas nos chamados contratos inteligentes ou instruções computadorizadas, visando ação em situação particular como compra de estoque quando o preço está baixo. Tais processos não são administrados por Instituição Centralizada como Banco ou Agência Governamental e sim armazenados em múltiplas cópias em vários computadores independentes num sistema de rede descentralizada. O elo comum entre eles são regras matemáticas e criptografia inquebrantável, garantindo incorruptibilidade oferecendo assim confiança entre pessoas e instituições. O objetivo é reverter sistema baseado na centralização e monopólio para um sistema descentralizado. Nesta ideia se inserem a IBM e a Foxconn explorando o conceito de incorruptibilidade nos projetos, tentando o desbloqueio do financiamento do comércio e transformar as cadeias de suprimento em algo mais transparente.
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