Entre Rios do Oeste no Paraná através da suínocultura atingiu um novo patamar na fonte alternativa de eletricidade, com a usina termelétrica a biogás proveniente de 18 incubatórios construídos pelo PTI, Parque Tecnológico de Itaipu e CIBiogás, associação sem fins lucrativos de 27 instituições locais, nacionais e internacionais atuando na sede do PTI. A energia é injetada na rede da Copel, utilizada pela prefeitura e deduzida do consumo dos 72 prédios de escritórios, escolas e demais serviços municipais. O investimento inclui linha de gasômetros, cilindros de armazenamento do biogás que alimenta a central Termoelétrica da cidade, cuja eletricidade é gerada com o gás extraído do esterco produzido por 155 mil suínos criados, ou, 35 animais para 4.400 habitantes.
0 projeto envolve a produção de biofertilizantes, subproduto da produção do gás metano, além de melhoria ambiental. A Termelétrica gerará 250 mwats/hora com potência de 480 kwats, 43% a mais do consumo da prefeitura zerando sua conta de eletridade. Para obter 4.600 metros cúbicos de biogás/dia, necessita envolvimento de 39 mil suínos produzindo 215 toneladas de esterco. A lagoa do biofertilizante com esterco onde o biogás é extraído através da biodigestão, elimina mal cheiro, mosquitos, contaminação do lençol freático por excrementos além de produção de adubo para o plantio de milho e soja economizando gastos com fertilizantes químicos.
Moral da Nota: outra experiência em paralelo está no município de Marechal Cândido Rondon via Condomínio Agroenergético para a Agricultura Familiar da Bacia do Rio Ajuricaba denominado Coperbiogás. Diverso de Entre Rios o biogás tem origem no esterco de bovinos e suínos com menores biodigestores e em consequência menor escala e resultados econômicos mais enxutos. O biogás é vendido para a Rondon Cooperativa Agrícola Limitada, Copagril, utilizado na unidade de refrigeração de aves. O volume diário de 250mts³ de biogás é transportado para três gasômetros e por meio de filtragem removido o ácido sulfúrico causador corrosão. O biogás é contribuição à agricultura no aquecimento da terra consequente a produção de metano em larga escala no esterco animal. Entre nós são mais de 400 milhões de bovinos, talvez o dobro de suínos e quem sabe o triplo de aves, volume de esterco agregando quantidade imensurável de adubo orgânico, sub produto da retirada do biogás, promovendo melhoria das condições sanitárias locais, descontaminação de rios etc. O resultado econômico será progressivamente escalado pela tecnologia da Contabilidade Distribuída (DLT) cujo aprimoramento trará avanços científicos, climáticos, emprego, renda, além de profissionalização do trabalho no campo.