Conforme a regra, 'quem dá o primeiro passo, geralmente dá o maior passo'. Nessa ideia o governo da Bahia envolvendo o Governo do Rio Grande do Norte, dão o primeiro passo na licitação com tecnologia blockchain visando facilitar e agilizar acesso de Associações e Cooperativas da Agricultura Familiar dos estados, a fornecedores de bens, serviços e obras. A iniciativa está com a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional ou CAR, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural ou SDR, operacionalizada pelo aplicativo SOL ou Solução Online de Licitação. Decorrente ao desenvolvimento dos projetos Bahia Produtiva (BA) e Governo Cidadão (RN), financiados por parceria entre governos estaduais e o Banco Mundial, permitirá acesso de agricultores familiares de outros estados ao processo licitatório. O SOL, engenhoca da startup Caiena Tecnologia e Design, disponível no Play Store e Apple Store permitirá licitações em ambiente digital, com um alcance inicial de 1.100 Associações e Cooperativas da Agricultura dos estados da Bahia e Rio Grande do Norte.
Com o lance baiano, licitações vivenciarão processo totalmente digitalizado com transparência e agilidade indispensáveis à licitações. Controle de dados e informações serão gerenciados por cadeia criada a partir da tecnologia blockchain, em que informações sobre processos licitatórios não poderão ser apagadas. Editais, atas e contratos serão gerados de modo automático a partir dos dados armazenados, guardando informações sobre compras com código disponível para que outros estados possam utilizar. O aplicativo SOL é voltado totalmente para agricultura familiar, desenvolvimento de Cooperativas na qual Agricultores encontrarão soluções para participação de processos licitatórios, envolvendo fornecimento de bens e serviços para a Bahia e Rio Grande do Norte.
Moral da Nota: a tarefa é gigantesca para o setor público em relação a tecnologia blockchain, envolvendo desde embarques de cargas nos portos ao controle de transferências de volumes e mecanismos de compra e venda de petróleo e gás pelas petroleiras. A tecnologia dá passos largos em relação ao rastreamento na cadeia de produção, fundamental no salto de qualidade necessário ao agronegócio. Quanto aos imóveis urbanos, útil, em relação aos oficiais nos três níveis além da viabilização na posse da terra via reforma agrária e legalização de títulos, experimento de sucesso na Colômbia pós guerra. O setor privado até aqui tem sido mais ágil e eficiente que o setor público, em parte pelo envolvimento do sistema financeiro. A medida que a tecnologia se desenvolva no setor público, certamente menos atritos políticos conheceremos e mais transparẽncia e desenvolvimento viveremos.