O dilema entre mercado e ciência nos remete à evolução das indicações clínicas do viagra. Como sabemos trata-se de medicamento conhecido para impotência masculina, sendo o comprimido composto por Citrato de sildenafila com respectivamente 25 mg, 50 mg e 100 mg de sildenafila base. Se inserem ao componente base, a celulose, o fosfato de cálcio anidro, a croscarmelose sódica, o estearato de magnésio, a hipromelose, lactose, dióxido de titânio, índigo carmim e triacetina.
A história tem início com estudos clínicos da sildenafila base no tratamento da hipertensão pulmonar grave ou doença pulmonar caracterizada por dispnéia ou falta de ar progressiva. Durante os estudos, observou-se que os pacientes em tratamento apresentaram ereção algum tempo após a injesta do medicamento; descoberto aí, um promissor mercado para a impotência masculina com sucesso total. A vida seguiu e especialistas em medicina desportiva, financiados por patrocinadores de maratonistas africanos, prescreveram viagra no café da manhã de atletas por provável melhoria do rendimento consequente influência na melhoria da irrigação pulmonar pelo medicamento. O resultado todos puderam apreciar nos noticiários desportivos. A coisa segue e médicos peruanos, nesta linha, utilizaram a pílula azul em partidas de futebol jogadas nas alturas andinas. É fato que nem tudo foram flores pela desconfiança de alguns cientistas sobre a responsabilidade de morte súbita em alguns atletas, sem comprovação evidente. Um novo estudo do departamento de engenharia biomolecular da Universidade da Califórnia, publicado no Stem Cell Reports, indica o viagra na fácil obtenção de células-tronco de doadores para transplantes de medula óssea. Cientistas testaram Plerixafor, medicamento utilizado em transplantes de células-tronco e viagra, que provocou alargamento de vasos sanguíneos e separação das células tronco em duas horas.
Moral da Nota: como podemos notar a evolução do estudo clínico do viagra passeia pelo dilema entre ciência que busca a melhoria da vida e o mercado que busca o lucro, coisa não proibitiva nos limites de respeito ao trabalho desenvolvido pela ciência. Daí o grande dilema envolvendo descobertas científicas, desde tempos remotos no embate entre fé e ciência até a grande peleja entre Petroleiras e ativistas do clima em parceria com cientistas, por conta da relação ou como gostam os jurístas, nexo de causalidade entre efeito estufa e atividade humana; o mercado fóssil ou a vida. Certamente não será resolvido facilmente, necessita urgente reflexão principalmente no vale tudo envolvendo o aquecimento terrestre, desenvolvimento, economia, mentira e piada de mal gosto,