Como parte do acordo de leniência na "Operação Lava Jato" a Odebrecht se associa a outras instituições visando desenvolvimento de plataforma digital apoiada na rede blockchain e transparência nos processos de licitação pública. Fazem parte da inciativa o Instituto Ethos que responderá pelo projeto, a startup de tecnologia Jusbrasil, a empresa Albright Stonebridge e o escritório de advogados Barros Pimentel. Criarão o "Instituto Observ" que rastreará documentos nas licitações em curso.
Segundo o presidente da Odebrecht a empresa executará a "aceleração e incubação" da nova instituição, desembolsando R$ 900 mil para financiamento incial de um projeto calculado em R$ 10 milhões/ano. A empresa foi penalizada em R$ 7 bilhões por processos de corrupção.
Moral da Nota: a plataforma acompanhará editais de licitação de obras públicas nos três níveis de governo, identificando práticas ilegais. Analisará os termos de contratação e se há favorecimentos, terá aplicativo aberto, sendo que o mecanismo de seleção será através de loteria dos registros em banco de dados do blockchain. No foco, critérios como existência de prazos inacessíveis, exigência de certificados com posse exclusiva, após análise, os ítens serão rotulados, classificados, e por fim ocorrerá uma seleção final.
Em tempo: oportuno lembrar que o México inaugurou a primeira licitação totalmente dentro da cadeia blockchain e a Colômbia avança no registro de terras totalmente inserida na contabilidade distribuída.