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quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Cibernética financeira

Grandes instituições financeiras por receio na perda de credibilidade do sistema, relutam avisar ataques cibernéticos. Agências Européas de Supervisão de Risco avisam que os ataques cibernéticos afetam cada vez mais o sistema, considerando um sistema interconectado ameaça a integridade e confiabilidade das operações interbancárias de dados. Relatório do FBI publicado pela Associação de Banqueiros Americanos, diz que infecções ransomware causaram 1.6 milhões de dólares em perdas a empresas e indivíduos em 2015. O ataque de ransoware é por meio de um software malicioso ou malware que criptografa arquivos de uma instituição ou empresa ou usuário, bloqueando o acesso a seus sistemas de computador até que o usuário pague uma taxa de libertação ao cibercriminoso. Tudo através do lançamento de um popup que nos leva a pagar o resgate, geralmente feito em moeda virtual ou bitcoin por exemplo.
As vulnerabilidades do sistema financeiro aparecem no World Wide Interbank Telecommunication Finance Society com sede em Bruxelas e conhecida pela sigla SWIFT. Trata-se de Cooperativa que gerencia serviços de correio internacional entre bancos, criada em 1977 com centralização das Operações na Virgínia. Pratica serviços de pagamento da rede interbancária global, englobando mais de 11 mil entidades no mundo inteiro incluindo bancos ou corporações e abrangendo cerca de um milhão de ordens bancárias diárias. Tem sido relatado pela imprensa internacional, vários ataques cibernéticos resultando em roubo de milhões de dólares. O método é sempre o mesmo, grupos de hackers expĺoram as vulnerabilidades nos sistemas informáticos bancários interligados, que cedem o controle de credenciais para acesso a rede global. As indicações são que malweres simples são detectados nos sistemas computacionais de clientes que contornam os controles e iniciam processos de transferência de fundos.
Parece aceito por todos que o sistema financeiro no pós guerra se consolidou com a hegemonia do dólar como moeda mãe, iniciando processo de desregulamentação a partir da década de 70 e atropelado pela revolução tecnológica via globalização, desfazendo fronteiras, deixando o sistema bancário no mundo inteiro a margem de regras estatais. Parece aceito que o modelo financeiro como está colocado, começa a sofrer pressão consequente aos avanços tecnológicos imposto por uma economia virtual, até aqui, sem ideias de governos como regulamentar. Parâmetros como moeda única nacional política e atrelada ao dólar, mostram enfraquecimento devido a criação e imposição das moedas virtuais que segmentam a economia e a tornam temática, visando melhor otimização das transações financeiras e sua segurança. Parece também que aos poucos se impõe uma economia com mais de uma moeda ou multi monetária, como prevista por economistas que preconizaram a receita neoliberal.