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domingo, 22 de setembro de 2019

Universo urbano 2050

O Crowther Lab liderou investigação tornada pública através do relatório divulgado no jornal científico Plos One e publicado no 'Guardian', alertando que as alterações climáticas terão consequências mais graves a médio e longo prazo. Textualmente Tom Crowther, lider da pesquisa, avisa que "haverão novos desafios políticos a nível das infraestruturas nunca verificados anteriormente, cujas respostas começam minimizando seu impacto”. O estudo focou os 520 maiores centros urbanos mundiais, detectando que 80% das metrópoles enfrentarão eventos extremos relacionados ao efeito estufa. Alguns fatos remetem a Londres por exemplo que tenderá em 2050 a um clima semelhante ao de Barcelona, como sabemos, cidade catalã do sul da Europa. A capital britânica registrará períodos de seca com óbvias consequências a nível econômico e de saúde. Madrid exibirá temperaturas semelhantes a Marraquesh no Marrocos e Estocolmo terá semelhanças  com Budapeste. Daqui a 30 anos, Moscou registrará temperaturas como atualmente em Sófia capital búlgara e Nova Iorque terá similaridades a Virginia Beach. Temperando a questão com negócios, a pesquisa alerta que “um quinto das cidades mundiais enfrentarão alterações climáticas nunca antes vistas” como Singapura, Jacarta ou Kuala Lumpur.
Analisando Barcelona por exemplo, estudo realizado a três milhas náuticas da costa e a profundidade entre 10 e 70 metros, revelou que em áreas próximas a alta densidade populacional ou movimentadas rotas de navegação, o lixo representa até 38% das capturas de rede de pesca, com densidades variando de 198 a 393 kg/km². Mais de um terço do que é pescado na frente de Barcelona é lixo, uma das principais causas de poluição marítima e oceânica. Isto acarreta problemas ambientais e econômicos pelo gerenciamento inadequado de resíduos devido superpopulação urbana, que se acumula no fundo do mar permanecendo intacto por décadas e diariamente capturado por equipamento de pesca. Tais eventos foram quantificados no primeiro estudo sobre o tipo de lixo encontrado no fundo do mar das águas superficiais do Mar Mediterrâneo, em áreas de pesca pertencentes à Rede Natura 2000 chamadas de Zona Urbana (próximo a  Barcelona) e zona rural (no Delta do Ebro). Para concluir temos na zona urbana de Barcelona, lixo de carvão queimado de barco a vapor ou escória, têxteis (roupas), plásticos(sacos, garrafas, compressas e brinquedos), móveis e Baterias. Na região do delta do Ebro, contata-se menos lixo entre 34 e 56kg/km² representando 5% do total de capturas das redes.
Moral da Nota: o primeiro estudo em questão informa que cidades nas zonas temperadas e frias no hemisfério norte, terão clima com características de cidades mais próximas do Equador e as temperaturas das cidades européias aumentarão até 3,5 graus no verão e 4,7 graus no inverno. Quanto a segunda investigação relacionada a Barcelona, nos informa que o Mar Mediterrâneo é um dos mares mais poluídos do planeta, que a pesca é um dos principais setores econômicos afetados pelo lixo no mar, gerando custos adicionais calculados em centenas a milhares de euros. Por fim, áreas urbanas com altas densidades demográficas, geram grandes quantidades de lixo difíceis de gerenciar. 
Em tempo: como deverá ser o fundo da baia de Guanabara, rio Tietê, Paraíba, lagoa Rodrigo de Freitas, dos Patos, Baia de Todos os Santos, lagos de todas as represas dos pequenos, médios e grandes rios e etc e tal?