A International Rights Advocates moveu processo contra corporações de tecnologia por abuso de trabalho inantil e pagamento de US$ 2/dia em tarefas perigosas sem equipamento adequado. A Glencore, empresa de mineração e comércio de commodities britânico-suíça, atualmente utilizando blockchain da IBM para rastrear cobalto, foi citada no processo que acusa Google, Apple, Microsoft, Tesla e Dell de exploração de mão de obra infantil nas minas de cobalto no Congo. Os processos são de crianças que morreram ou sofreram lesões nas minas de cobalto utilizado na bateria de smartphones, carros elétricos e notebooks.
Antes de ser acusada, a Glencore comunicou seu ingresso na "Rede Blockchain de Fornecimento Responsável", RSBN, “Responsible Sourcing Blockchain Network”, parceria de empresas que alavancam tecnologia melhorando transparência na cadeia de suprimentos. A RSBN originada no grupo de auditoria e consultoria global do RCS Global Group, utiliza blockchain da IBM desenvolvida com a Hyperledger Fabric prevendo entrada em 2020 da Glencore como membro do consórcio hyperledger. A iniciativa das grandes empresas em utilizar tecnologia na melhoria da transparência, promove a blockchain na eficiência da cadeia de suprimentos. A Glencore participa ainda da Mining and Metals Blockchain Initiative, visando colaboração em soluções de prova de conceito.
Moral da Nota: a indústria automobilística elétrica utiliza blockchain nas baterias de lítio evitando violação direitos trabalhistas. Segundo a Agência Internacional de Energia, a frota global de 5,1 milhões de automóveis em 2018 é mercado à veículos elétricos em que baterias de lítio tem elementos nocivos à natureza e suspeitas de violação de direitos humanos. A consultoria Roskill informa que 70% das baterias produzidas no mundo em 2018 foram para indústria automotiva com a China no topo do mercado e o Congo com 78% da produção global, conhecido pelos "diamantes e cobalto de sangue" além de trabalho infantil. A IBM, Ford, LG Chem e Huayou Cobalt e a auditoria RCS Global, desenvolvem projeto-piloto blockchain monitorando movimentação de cobalto na cadeia produtiva, certificando condições de trabalho de quem minera, registrando lote comercializado, além de características minerais. Na refinaria o lote é processado e sua entrada e saída é registrada no sistema.