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sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Mercados Climáticos

O mercado global climático em rápido crescimento à eco-commodity digital conhecida como créditos de carbono, atingiu US$ 214 bilhões em 2019 com volume de negócios aumentando 34% em relação a 2018 marcando o 3º ano consecutivo de crescimento. O Sistema de Comércio de Emissões da UE, maior mercado de carbono do mundo, representa 80% do volume negociado a preço médio das licenças de carbono subindo US$ 10 em 2019 à US$ 28/tonelada. A razão do aumento dos preços no mercado de carbono foi o mecanismo da retenção de quantidade significativa de licenças restringindo oferta. Estimativas apontam à mercados de carbono em mais de US$ 100 bilhões/ano, cujo crédito de carbono representa uma tonelada métrica de CO2 ligado aos esforços na redução das emissões de carbono, vilãs das mudanças climáticas. Segundo dados do Banco Mundial, o mercado global de carbono inclui 46 nações e mais de 30 cidades, estados e regiões, contendo preço de emissão de CO2 e cobrindo 20% das emissões globais anuais de gases de efeito estufa.

Em 2005 apareceram os primeiros mercados de carbono usados ​​por governos e empresas européias e americanas, com maioria dos negócios fora do balcão ou em trocas regionais centralizadas. Pesquisa da Refinitiv informa que o comércio global de emissões de carbono com a Iniciativa Climática Ocidental e  Regional para Gases de Efeito Estufa na América do Norte, registraram aumento de 74% no faturamento ou US$ 24 bilhões em 2019 por expectativas de oferta restrita em 2021. A China, maior mercado do mundo, inicia esquema nacional de comércio de emissões em 2020 enquanto oito esquemas piloto movimentaram US$ 301 milhões, aumento de 40% em relação a 2018. O Acordo de Paris em 2015, uma das pedras angulares na criação contínua de mercados de carbono, dentro e entre países em sistemas interconectados, conta com contabilidade transparente e precisa das emissões e remoções de carbono nacional e regional. As empresas a nível subnacional contabilizarão emissões de carbono via soluções blockchain, tornando operacional o Acordo de Paris e os mercados de carbono. Alguns grupos desenvolvem projetos para tokenizar créditos de carbono, como o 1PLANET que lançou DApp permitindo usuários utilizar tokens ERC-20 para mitigar ou "compensar" suas emissões de carbono.

Moral da Nota: os créditos de carbono foram a commodity com melhor desempenho na Europa, com aumento de preço superior a 400% em relação a 2018 e a tonelada métrica de CO2 no mercado da UE custando US$ 26. Em 2021, vôos internacionais serão cobertos por programa chamado Esquema de Compensação e Redução de Carbono à Aviação Internacional, aumentando demanda por créditos de carbono elegíveis. Amazon e Microsoft anunciaram programas de redução das emissões líquidas de carbono com blockchain,no entnto, cadeias de suprimentos Amazon, Apple, BP e Delta se comprometeram à neutralidade em carbono necessitando compensação em seus compromissos climáticos. Controlarão fornecedores e contratados com a tecnologia blockchain como a Hyperledger para rastrear e reduzir emissões de carbono nas cadeias de suprimento. Desenvolvedores emergentes do mercado de carbono procuram tecnologia blockchain para aumentar transparência e ação climática.



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