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quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Falsificação e DLT

Em meio à incerteza política na Europa e EUA entre 2016 e 2018, especialistas especularam que investidores usaram o vinho como reserva de valor semelhante ao ouro. No entanto é conhecido que até 20% do vinho circulante no mundo é falso, cuja detecção é um bom nariz e olho nos detalhes. Usando mistura híbrida de vinhos imitando o sabor original, golpistas recriam marcas muitas vezes bem sucedidas, como o Borgonha 150, índice que acompanha preços das culturas mais procuradas, nos últimos 16 anos aumentou quase 450%. A autenticidade é batalha travada entre sommeliers, viticultores, colecionadores e outros especialistas em vinicultura onde se considera desde o peso da garrafa, anomalias observadas no ano de produção, inspeção do copo, vedação na cortiça e cola no rótulo, mesmo assim, o número de falso positivos chega a 20%. O diretor de marketing da TE-Food, empresa de rastreabilidade de alimentos, explica que a análise molecular das bebidas falsas via espectroscopia, expõe licores falsos por exemplo, mas a escalabilidade do processo é cara e ineficiente. Bancos de dados centralizados usados para rastrear vinho esbarra na corrupção e subversão.
Neste cenário, emerge no ecossistema Blockchain NEM, a Symbol, solução de combate à fraude no setor de vinhos finos. A Symbol verifica e rastreia grande número de transações/segundo, das matérias-primas até seus produtos finais. Desde a uva, a garrafa e a jornada até o destino final é rastreado pela Symbol, registrado na blockchain imutável, garantindo autenticidade de cada estágio. Rastrear garrafas de vinho, caixas, estojos ou paletes e número de série torna o produto inviolável. Contratos inteligentes descartáveis ​​garantem privacidade de dados, exigindo confirmação da autenticidade antes do pagamento, incentivando intermediários da cadeia de suprimentos verificar de modo independente a autenticidade. A abordagem se estendida a varejistas e clientes, preenche lacunas na cadeia de suprimentos. O próximo lançamento da Symbol no ecossistema NEM será um ID de cliente verificado pela KYC, ao lado do livro imutável blockchain. Avanços através de sensor IoT no rastreamento, registra itens como temperatura, conteúdo de umidade ou localização, GPS de caixas/recipientes ou sensores IoT no solo detectando equilíbrio do pH, produtos químicos,  pesticidas e maturidade. Outra solução se evidenciando é da WeCan, startup blockchain, levando a verificação de vinhos além da cadeia de suprimentos estendendo a leilões e compradores privados.
Moral da Nota: um documentário de 2016, Sour Grapes, esclarece que a ascensão e queda de Rudy Kurniawan, fraudador e criador de mercado de vinhos falsos, foi fundamental para criar o mercado vinícola paralelo de altos preços. Relatório de 2018 do Escritório de Propriedade Intelectual da União Europeia, avisa que na Europa se perde 2,7 bilhões de euros/ano com a falsificação de vinhos. O mercado de bebidas ilegais tem implicações na saúde com mortes por gins, vodkas e uísques falsos consequente mistura com ácido e metanol cuja repressão é luta sem fim.