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sábado, 12 de setembro de 2020

FAO e desperdício

Relatórios mundiais confirmam que as metas da comunidade internacional de chegar 2030 sem pobreza e fome estão longe de serem conseguidas, e a tendência se consolidará com resultados negativos em apenas 10 anos. Em 2015, 190 países decidiram na Assembleia Geral das Nações Unidas os 17 grandes Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS, mudando o perfil do mundo, com eliminação da pobreza e fome garantindo vida saudável e sustentabilidade, igualdade de gênero, disponibilidade de água à todos, crescimento econômico sustentável, combate à mudanças no clima além de proteção de oceanos e florestas. Em 2020, relatório anual elaborado pela FAO e outras agências das Nações Unidas, ‘o Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo (SOFI)’, mostra tendência negativa se consolidando. Apontou que 690 milhões de pessoas passam fome, 10 milhões a mais que há um ano e 60 milhões a mais se somarmos os últimos cinco anos. É um problema nos continentes, embora a Ásia seja a mais afetada, a fome na África aumenta, permanecendo com números significativos na América Latina e Caribe. O SOFI  aponta 381 milhões de asiáticos, 250 milhões de africanos e 48 milhões de latino-americanos e caribenhos desnutridos. A África é a região mais afetada com 19,1% da população desnutrida, seguida da Ásia com 8,3% e América Latina com 7,4%. Especialistas estimam que entre 83 milhões de pessoas e até 132 milhões, comecem a passar fome em 2020 como resultado da recessão econômica em curso.

Nesta perspectiva, a FAO lança plataforma com dados visando tomada de decisões e iniciativas que reduzam o desperdício, perda de alimentos e maior impacto ecológico. São perdidos 14% dos alimentos antes de chegar aos pontos de venda, em valor anual de 400 bilhões de dólares, associados à emissões de gases efeito estufa equivalentes a 1,56 gigatoneladas de CO2. A FAO com a nova plataforma busca reduzir danos e desperdício pelos consumidores apresentando via internet informações sobre medições, redução, políticas, alianças, medidas e exemplos de sucesso na redução do desperdício de alimentos no mundo. Passam fome no mundo 690 milhões de pessoas e em 2030 serão 840 milhões, segundo a FAO, sendo que desperdiçar alimentos significa perda de recursos naturais e oportunidade de alimentar população crescente. Desperdício é a perda ou queda da quantidade ou qualidade dos alimentos resultante de decisões e ações dos fornecedores da cadeia alimentar, excluindo fornecedores de food service e consumidores finais. Alimentos são perdidos, estragados ou derramados antes de chegar ao posto final de varejo impactando laticínios, carne e peixe que estragam durante a viagem consequente o transporte refrigerado ou serviços de armazenamento inadequados.

Moral da Nota: as perdas alimentares são maiores nos países em desenvolvimento do Sul com 20,7% na Ásia do Sul e Central, 14% na África Subsaariana e 11,6% na América Latina e Caribe, contra 5,8% nos países desenvolvidos como Austrália e Nova Zelândia. As perdas principais afetam raízes, tubérculos e oleaginosas ou 25%, frutas e vegetais 22%, carne e produtos animais 12% além de cereais e leguminosas com 8,6%.