O Brexit terá consequências nos próximos anos no comércio global, finanças, migração e história humana, afetando pequenas empresas e empreendedores do Reino Unido. A incerteza nos negócios como reconhecimento legal, trabalho, propriedade intelectual, regulamentos de proteção de dados, impostos, regras comerciais e alfandegárias não passam ao largo, sendo que pessoas individuais e pequenas empresas do Reino Unido com clientes na UE serão impactados. Empreendedores do Reino Unido poderão manter seus negócios na UE através da residência eletrônica da Estônia permanecendo digitalmente na União. A Estônia oferece desde 2014 o e-Residency e atualmente são 60 mil e-residentes de mais de 150 países. Com o Brexit mais de 400 empresas da UE já foram iniciadas on-line por e-residentes no Reino Unido, acompanhados de perto por Ucrânia e Turquia, em posição de países terceiros na periferia do mercado da UE.
O E-Residency é identidade e status digital que fornece acesso a serviços e infraestrutura digital da Estônia, além de ambiente de negócios aberto e confiável. Trata-se de status fornecido pela Estônia a cidadãos de outros países que vivem ao redor do mundo. Com este status os e-residentes recebem um cartão de identificação digital permitindo estabelecer e gerenciar sua empresa, totalmente on-line, de qualquer lugar, inclusive do Reino Unido pós Brexit. Tal procedimento consistente com as regras da UE, acolhe empresários legítimos do mundo que desejam operar nas estruturas legais da União e expandir globalmente seus negócios. No entanto a residência eletrônica nao se relaciona a direitos de residência física ou cidadania e não dá direito de entrar ou residir na Estônia ou em qualquer outro lugar da UE. A E-Residency oferece empreendedorismo independente da localização através de empresa confiável, com serviços comerciais convenientes e de baixo custo. Por sua natureza, empreendedores vendem serviços on-line e não precisam de local fixo, especialmente aqueles altamente móveis como "nômades digitais", além de empresários que usam e-Residency como 'pessoas físicas' ou freelancers porque não empregam outras pessoas.
Moral da Nota: se a empresa exige estrutura complexa e locais fixos, o e-Residency pode ser útil em aspectos como assinatura digital, mas não necessariamente à empresa inteira. A taxa do estado para iniciar uma empresa é de € 190 e € 100 pelo pedido de residência eletrônica, com capital social mínimo de € 2.500, quitado quando a empresa esteja pronta para pagar dividendos, além de sistema tributário classificado como o melhor da OCDE pelo sexto ano consecutivo. Provedores de serviços de empresas locais apresentam ótima relação custo-benefício em itens como contabilidade e escritórios virtuais. A opção e-residency é adequada à empreendedores independentes como freelancers ou que administram negócios on-line, podendo se beneficiar não apenas permanecer no ambiente de negócios da UE, mas de fazê-lo usando uma empresa confiável com baixos custos e problemas mínimos. Alguns e-residentes têm empresa no Reino Unido e na UE, em paralelo com a mesma marca oferecendo mais oportunidades. A startup, VistalWorks em Glasgow e Edimburgo, registrou o negócio no Reino Unido e na UE que administra no Reino Unido através da e-Residency visando expandir mercado.
Em tempo: trata-se de um modelo de empreendorismo virtual abrindo espaço a negócios, se por ventura entre nós experienciado, seria entre estados, cidades ou bairros de modo pessoa física ou jurídica. Uma experiência de economia digital que deve ser examinada.