sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Microsoft e carbono

A Microsoft comprou 43.338 toneladas métricas de créditos de carbono do solo, representativos do sequestro de carbono em fazendas de New South Wales na Austrália. Através da blockchain combinando com a Rede Regen, construída na blockchain Cosmos, os créditos CarbonPlus Grassland foram emitidos à duas fazendas em New South Wales. O CEO da Regen Network saudou a iniciativa, acrescentando que inspirou esperança no conceito de abordagens naturais no combate a mudança do clima dizendo que o "trabalho com a Impact Ag e a Wilmot Cattle Co dá esperança que soluções agrícolas e naturais às mudanças climáticas não sejam apenas reais, mas tenham potencial de sequestrar carbono de modo rápido criando resiliência nos sistemas de alimentos", acrescentando que, "a escala que a Microsoft está comprando créditos de carbono nos dá esperança que empresas podem ser catalisadores de mudança."

Créditos de carbono são usados ​​como meio de sequestro do solo ou processo de captura de CO2 armazenado no solo, alcançado através da tecnologia de sensoriamento remoto da Rede Regen que monitora o bem-estar animal, a saúde do solo e a saúde geral do ecossistema. Os créditos de carbono foram emitidos para Wilmot Cattle Co, iniciativa pioneira da empresa de capital natural Impact AG antes da Microsoft comprá-la. Os fazendeiros de Wilmot aumentaram em suas terras a concentração de carbono orgânico do solo em até 4,5%, através de práticas controladas de pastoreio sendo que a concentração ideal de carbono orgânico no solo é de 4% a 6%. Em 2020 a Microsoft avisou que buscaria reduzir até 2030 sua pegada de carbono a zero eliminando volume de carbono igual ao que é responsável na produção desde o início.

Moral da Nota: em 2030, a Microsoft terá carbono negativo e em 2050 removerá do meio ambiente o carbono que a empresa emitiu diretamente ou pelo consumo elétrico desde que foi fundada em 1975. Cortar emissões de carbono em mais da metade até 2030, tanto diretas quanto na cadeia de fornecimento e valor, será através do financiamento expandindo a taxa interna de carbono em vigor desde 2012 e aumentada em 2020 pela cobrança de emissões diretas e das cadeias de fornecimento e valor. Em paralelo emerge a iniciativa de usar a tecnologia da Microsoft no auxílio a fornecedores e clientes, reduzindo as próprias pegadas de carbono, além do fundo de inovação climática de US$ 1 bilhão acelerando o desenvolvimento global de tecnologias de redução, captura e remoção de carbono. Em 2021 a empresa reduzirá o carbono dos processos de compras na cadeia de suprimentos, publicado no Relatório de Sustentabilidade Ambiental anual, detalhando impacto de carbono e a jornada de redução. Por fim, haverá um trabalho em defesa de políticas públicas buscando acelerar oportunidades de redução e remoção de carbono.