A Rota da Seda, Belt and Road Initiative, é um projeto de infraestrutura regional lançado pela China em 2013 apoiado pelo Banco Asiático de Investimento com sede em Pequim e pelo Banco de Desenvolvimento do BRICS em Shangai. A China já investiu 400 bilhões de dólares com promessa de mais 100 bilhões, em projetos de infraestrutura em 86 países e Organizações Internacionais. Por meio dos acordos criou uma rede de infraestruturas de portos, ferrovias e estradas vinculando comércio com investimentos intercontinenatais e conectando o país com Europa, Ásia e África.
Desde 2012 estão diretamente envolvidos com a China 16 países da Europa Central e Oriental, sendo 11 estados membros da UE e 5 dos Balcãs ocidentais entre eles Sérvia, República Tcheca, Hungría e Polônia. Devido as compras chinesas, questões políticas despertam ânimos pelo envolvimento de mais de 60 países como a Índia desconfortável pela ferrovia atravessando a Cachemira, região em disputa com o Paquistão aliado chinês. Possui um porto no Siri Lanka, uma base militar no Djibuti antiga colônia francesa no chifre da Árica e desde 2014, uma ferrovia de 13 mil kms partindo da cidade de Yiwu na China, passando por Kazaquistão, Rússia, Bielorrúsia, Polônia, Alemanha, França terminando em Madri na Espanha, trajeto feito em 21 dias. A mais recente adesão está com a Itália, considerado mais entre os menos como Grécia, Portugal e Chipre. Fato é que a China desbancou os EUA como maior sócio comercial da Alemanha, inclusive tornando-se através do conglomerado chinês HNA o maior acionista do Deutsche Bank. A realidade aponta investimento chinês na UE de 35 bilhões de euros em 2016, 75% maior que o ano anterior, representando cifras muito superiores ao dos europeus na China.
Moral da Nota: os investimentos chineses principalmente na Europa geraram uma série de questionamentos após espectativa inicial por resultados nem tanto esperados, principalmente devido a crise de 2008. Vivenciamos discussões de cunho comercial entre nações repercutindo no consumo e emprego, longe de vermos o fim. A Disputa comercial entre americanos e chineses, os primeiros donos de maior avanço tecnológico contra os donos do maior volume de títulos da dívida americana, caso radicalizada ameaçando a China, dariam aos chineses espaço para escolher a opção de vendê-los em massa jogando a economia americana num campo incerto. Junte-se a isto, galopante avanço do envelhecimento populacional impactando no consumo e arrecadação dos governos. Há uma emergência ambiental e um processo de descentralização por conta da quarta revolução em andamento. Precisamos desenvolver de modo descentralizado a economia digital sobre serviços ambientais, em compasso de espera, criando empregos que em algum momento impactarão positivamente na economia oficial.