terça-feira, 21 de maio de 2019

Intercâmbio de dados

O Ocean Protocol apoiado pela Ocean Foundation, organização sem fins lucrativos sediada em Cingapura, anunciou compartilhamento de dados através da tecnologia blockchain e contratos inteligentes, sem fronteiras, liberando 13 bilhões de dados e inteligência artificial garantindo controle, capacidade de auditoria e privacidade protegida. A tecnologia permite avaliação e controle dos dados, ao passo que contratos inteligentes permitem proprietários de dados programarem condições de acesso executadas com precisão. Até 2020 1,7 MB de dados individuais serão criados a cada segundo, demonstrando o potencial deste mercado.
O Ocean Protocol permite detentores de informação conectarem-se com os que precisam utilizando economia de dados, promovendo liquidez e valor financeiro. Os Proprietários e compradores de dados nunca tiveram um modelo funcional que desse garantias de privacidade, segurança e pagamento colocando direitos de uso em suas mãos, isto, segundo a empresa. Algoritmos do Ocean permitem que modelos viajem para os dados, treinem e saiam sem exposição ou cópias mantendo privacidade, liberando informação ao progresso da economia e sociedade.
Moral da Nota: a tecnologia blockchain por seu conjunto descentralizado, favorece o intercâmbio de dados através de ecossistema e serviços relacionados. O Protocolo do Ocean compromete-se, segundo a empresa, lançar dados econômicos afins a cada pessoa, empresa e dispositivo, retornando-lhes o poder proprietário dos mesmos permitindo obtenção de valor. Exemplo prático da importância desta questão é o Banco Central e órgãos fiscalizadores do Sistema Financeiro Nacional, utilizarem para troca de informações plataforma de comunicação na tecnologia blockchain. A Pier ou Plataforma de Integração de Informações das Entidades Reguladoras facilitará troca de dados entre o BC e Susep ou Superintendência de Seguros Privados, Comissão de Valores Mobiliários ou CVM e Superintendência Nacional de Previdência Complementar ou Previc por exemplo. Inicialmente será utilizada para troca de dados em processos de autorização de uma instituição financeira, intercâmbio de informações sobre processos punitivos, atuação de administradores no SFN e controle societário das entidades reguladas pelo BC. Tarefa tradicionalmente executada por ofício ou e-mail dará lugar a tecnologia blockchain, permitindo troca horizontal de dados entre órgãos de existência centralizadora e operacionalmente com certa hierarquia, muitas vezes não refletindo realidade. Na tecnologia blockchain os dados uma vez registrados não podem ser apagados.