Ramo da teoria da comunicação, a teoria da filtragem visa filtrar o ruído nos canais de comunicação. Trata o viés e o ruído aleatório de modos diversos para chegar ao sinal subjacente. O pesquisador da Universidade de Surrey, Dorje Brody e da Universidade Brunel, David Meier, usaram a teoria matemática da comunicação, projetando um modelo matemático representando a influência de notícias falsas em referendos e eleições apontando modos de mitigar seus efeitos. Buscando modelar como eleitores interpretam notícias, definiram falsas notícias como informações que não têm coerência com a realidade objetiva.
Enganar divide a sociedade em três grupos: os que não sabem que a notícia falsa existe, as tratam como qualquer outro tipo de ruído aleatório, têm plena confiança em seus pontos de vista sendo os mais vulneráveis.
Os que sabem que existe e não conseguem identificá-las: é menos susceptível e tem menos confiança devido à incerteza criada por elas, consistindo os mais conscientes.
Os que as detectam instantâneamente: detectam falsas notícias e as eliminam de imediato em suas avaliações. Os pesquisadores consideram utópico este grupo, pois é difícil identificar o que é falso e verdade.
Moral da Nota: estar constantemente conectado uns aos outros e com enormes quantidades de informações de modo instantâneo gera incertezas. O caso mais emblemático foi o papel exercido pelas redes sociais no Egito, tornando-se ferramenta inseparável de quem inciciou a Primavera Árabe a partir da praça Tahrir. Uma década mais tarde são um foco de polarização e notícias falsas.