O século XIX lançou sementes e deixou legados na Europa que influenciam a sociedade atual. Na Inglaterra foi período de afirmação da revolução industrial, na França tempo de identificação política e militar pós revolucionária. Mas é na Alemanha que a sociologia e a filosofia tomam grande luminosidade influenciando forte a atualidade. Neste ambiente e considerados à margem da sociedade devido preconceito, surge o Movimento Sionista de Theodor Herzl defendendo reagrupamento judaico e escolhendo a Palestina como a terra onde o judaísmo floresceu.
Controlada pelo Império Otomano desde 1517 a Palestina entre o rio Jordão e o Mediterrâneo é local sagrado a judeus, cristãos e muçulmanos como maioria da população árabe. Destaca-se ainda a declaração de Balfour em 1917 na qual o governo inglês se compromete apoiar a criação na Palestina de um espaço nacional ao povo judeu. Em outro evento histórico decorrente a desintegração do Império Otomano na primeira Guerra Mundial, o Reino Unido recebeu da Liga das Nações o mandato para administrar a Palestina. Em consequência permitiu aos judeus criarem Instituições Autônomas provocando tensão entre nacionalistas árabes por conta de promessas de independência a eles pelo levante contra os turcos, o que desencadeou confrontos com sionistas.
A chegada do nazismo na Alemanha é história conhecida devendo acrescentar o aumento da migração judaica para a região agravando a coabitação com muçulmanos palestinos. Com o término da guerra a Grã-Bretanha entregou o problema a ONU que decidiu em 1947 pela divisão em dois estados e Jerusalém colocada sob mandato internacional. Tal decisão foi aceita pelos judeus que receberam 55% do território e rejeitada pelos palestinos.
Moral da nota: de lá pra cá muita água passou e passará embaixo desta ponte. Atualmente palestinos desarmados são massacrados por militares judeus, como todos sabemos, o ódio cega.