Surge o livro 'Half a Chance: Dez Maneiras de Salvar o Mundo' cujo autor Ed Davey demonstra exemplos de caminhos harmônicos ao ambiente natural que dependemos. Encontra acontecimentos que colocam a humanidade e o planeta em melhor curso. O desafio é o compromisso, a visão e a determinação sem precedentes ganhando escala progressiva. Cita exemplos de energias renováveis como a solar em Nevada, no Reino Unido ou Quênia. Tecnologias do futuro via Missão de Inovação ou campanhas para otimizar a extração e o consumo de petróleo e gás. Quanto as florestas e o solo demonstra casos na Colômbia e Canadá, em processo de proteção e restauração com exemplos no Reino Unido, África Subsaariana, Austrália e França através do gerenciamento do solo e agricultura a longo prazo.
O autor expõe a perspectiva de fome que persegue o Chifre da África onde mais 8 milhões de etíopes estão em insegurança alimentar. Na Etiópia, a Agência de Transformação Agrícola é modelo ao desenvolvimento agrícola que países buscam replicar. Em 1984, o país perdeu 400 mil pessoas pela fome extrema provocando a campanha humanitária internacional que todos conhecemos, com raízes em grande parte políticas, com exacerbação da extensão e severidade pelo clima em mudança e má gestão dos recursos naturais. O governo etíope fez esforço para restaurar 15 milhões de hectares de terras agrícolas, inserido em conjunto de medidas assegurando que o problema não volte a ocorrer. Baseado no crescimento rural e criação de empregos, prioridade do governo, torna a agricultura mais sustentável e produtiva com melhores meios de subsistência e cadeias de valor aos agricultores, preservando florestas remanescentes, áreas úmidas e outros ecossistemas. Em Ruanda esforços de plantio de árvores para a demanda de madeira e restaurção da terra, já mostram mais resistência à seca, capazes de produzir alimentos. Atividades de restauração criam empregos, levam ao reabastecimento de fontes de água subterrânea promovendo senso de vinculação à terra.
Moral da Nota: é real que a receptividade em relação à ações de restauração ambiental são mais evidentes em sociedades de economias mais primitivas, quando comparadas a sociedades mais desenvolvidas, cuja explicação não parece difícil; o vínculo com a terra, coisa que a urbanidade e tecnologia embotam. O autor cita exemplos como a 'Faidherbia albida', fundamental na restauração, proporcionando sombra e nutrição ao solo quando a forragem é escassa. O zimbro africano, a areia oliva e o abacateiro são usados na restauração da paisagem. Isto na África.