International Business Machines ou IBM, empresa com 366 mil funcionários, cresceu 300% em número de patentes registradas em pouco menos de um ano, liderando a propriedade blockchain nos EUA. São 108 patentes relacionadas ao blockchain seguida pelo Bank of America com 53 patentes, a MasterCard com 43 e Intel com 35. Focada na segurança de rede com tecnologia blockchain pois segundo a empresa, a baixa segurança permite acesso aberto aos logs de eventos, restrita pela alta segurança, evitando alteração de logs por hackers. Relatório da BeinCrypto informa que o número de patentes blockchain da IBM, ostenta mais de 100 famílias de patentes ativas, superando a Intel, Microsoft e Dell Technologies. Bitcoinist avisa que a IBM gasta cerca 160 milhões de dólares/ano em projetos blockchain, empregando mais de 1.600 pessoas.
Abrindo frentes em áreas consideradas promissoras, a IBM e a gigante de processamento de câmbio CLS, testam loja de aplicativos DLT com clientes como o Citigroup e Barclays. Em operação no valor de 740 milhões de dólares foi escolhida em 2018 pelo governo australiano, parceiro tecnológico preferencial por 5 anos em blockchain e automação. Com a Maersk, lançou solução blockchain para integrar o setor de logística global. Através do Blockchain World Wire, compôs uma rede global de pagamentos em tempo real para instituições financeiras regulamentadas em 72 países com 44 endpoints bancários e 47 moedas. Associada a fintech Stronghold lançará stablecoin atrelada ao dólar americano.
Moral da Nota: conclui-se que levam a tecnologia a sério, pelo volume de investimento e funcionários envolvidos. O diferencial é a agilidade e força de pesquisa do setor privado, ao passo que governos nos três níveis possuem amplo espectro de atuação para deslanchar a tecnologia. A Bahia e o Rio Grande do Norte saíram na frente na licitação blockchain, enquanto os portos nacionais urgem para combater a corrupção utilizar a tecnologia. O agronegócio, caso não dê partida aos processos de rastreamento da cadeia de produção envolvendo setores privado e público, ficará atrás do Paraguai, Uruguai e Colômbia, país que faz reforma agrária com tokens imobiliários. A Petrobrás é candidata a tecnologia blockchain no processamento da documentação, na logística e transferência de valores. Por fim, o estado mais rico do país financeiramente e tecnológicamente, São Paulo, necessita criar na economia digital um consórcio de despoluição do Tietê, em que municípios identifiquem pontos de poluição do rio e selecionem os serviços a serem executados por licitação blockchain, remunerados e financiados por stablecoin atrelada ao ouro ou o netcoin.